26/12 - Passeando em Buenos Aires

Acordamos tarde, já passava do meio-dia, gostinho de guarda-chuvas na boca e cheiro de cigarro nas roupas. Porcaria, na Argentina a lei de não fumar em ambiente fechado aparentemente “não pegou” dentro das casas noturnas. Resolvemos sair pra passear.
No caminho almoçamos dentro de um Bar resto, aí que entendi o que significa isso, Bar e Restaurante, já tínhamos comido nesses muitas vezes, mas lá deu pra entender bem, numa parte do lugar as pessoas almoçam descansadamente, com comida muito boa. Em outra parte o barulho é mais alto e todos brindam cerveja..
Optamos por nos separar durante o resto da tarde, para nos encontrar pelar 18horas. A Debora saiu às compras pela Calle Florida, e eu fui atrás de alguma loja de moto, pra ver se comprava algo como lembrança.. Rodei muito, atravessei as principais ruas da cidade.. O transito de lá ainda me impressionava pela tranqüilidade, mas dessa vez não pelos motoristas, e sim pelos pedestres. Passei por uma situação muito engraçada. Cruzamento engarrafado, todos os carros parados, o sinal aberto para os carros e fechados para os pedestres, acredita que NINGUÉM atravessou? Eu vinha distraído, na hora que ia botar o pé na rua vi que seria o único, olhei pro lado sem entender e percebi, próximo tinha uma agente de trânsito de olho.. Mas, o que diabos ela faria se eu atravessasse a rua? Se me tentasse cobrar uma multa eu ia correr ué, o que ela vai fazer, anotar minha placa? Enquanto pensava em tudo isso o sinal abriu, a multidão ziguezagueou em meio aos carros..
Se você vai de moto pra lá, esperando encontrar locais pra comprar coisas desse tipo, esqueça, muito difícil, visitei várias lojas, não tem nada, só o trivial.. Pra não sair de mãos abanando comprei um chaveiro-cordão Alpinestars, valeu como recordação..
Optei por pegar as ruas paralelas, chega de andar pelas principais, vamos ver como essa cidade é por dentro...
Em todas as ruas se encontra propagandas de mulheres penduradas em todo o tipo de lugar, às vezes botam cinco propagandas no parabrisas de um carro, e nenhuma no de outro, ahahah, marketing direcionado! Os “cardápios” se acumulam nos boeiros.. Outra coisa que percebi eram muitas casas de penhor. Numa cidade com cassino e bordéis, os penhores devem ser lucrativos.. Um pouco mais tarde caminhei até o ponto de encontro com a Debora, novamente visitamos a Galeria Pacífico.
Optamos por fazer um tour pelos barzinhos, fomos pingando de um para o outro, visitamos uns 4, em todos tomamos cerveja e comemos petiscos, muito bom..
Fomos até a moto e dei uma revisada nela, teríamos uns 1800km pra rodar, já tínhamos rodado uns 1700km.. Tudo impecável, pela terceira vez na viagem lubrifiquei a relação, como tinha levado o spray C4 motul, e este ocupa um baita espaço, me obriguei a usar pra valer.. Numa viagem longa vale muito a pena prestar atenção no equipamento, seja ele qual for, a última coisa que você quer é algum tipo de falha mecânica que te deixe na mão, ou pior, numa estrada deserta.. Ao voltar para o hotel bateu a tristeza, amanhã seria o dia de partir.. A cidade nos encantou, mesmo depois de quatro dias ficou o gostinho de “quero mais”, voltaremos! Antes de dormir arrumamos as malas, tivemos que subir em cima delas pra conseguir fechar, baita trabalhão, voltaram abarrotadas!
Jantamos no próprio hotel, uma pizza muito boa, paguei umas cocas pro pessoal da recepção, que pediram a pizza pra mim, pela cara que fizeram, surpresa e alegria, acho que nunca tinham recebido nada assim, realmente nossos países não são adeptos à gorjeta..

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