25/12 - Passeando em Buenos Aires e Luján - 130km

Soubemos de um zoológico a uns 60km de Buenos Aires onde os animais ficam soltos, e se pode interagir com quase todos, parecia uma excelente idéia, depois de tomar o café da manhã pegamos a moto e fomos pra lá.. Como era natal muitos lugares estavam fechados, então não perderíamos nada que a cidade tem a oferecer..
Ficamos com preguiça de vestir aquela calça exagerada, então fomos só com a jaqueta e a bota de proteção, com calças jeans mesmo, muito confortável.
Quando entramos na estrada que sai de Buenos Aires ficamos impressionados com a qualidade da via. Não perde em nada para várias estradas da Alemanha. No geral são por volta de cinco faixas, sendo as duas da esquerda com velocidade máxima de 130km/h, as duas direitas com velocidade máxima de 80, e mínima de 50km/h e as centrais, que variam em quantidade, com velocidade máxima de 100km/h. Tudo isso sem muitas curvas, então a viagem rende demais, esses 60km rodados passaram voando, dificilmente baixávamos dos 130km/h permitidos..
O zoológico é muito legal, Além dos animais, o ambiente tem carros e tratores antigos, batemos umas fotos engraçadas..  Além é claro de ver inúmero animais como se faz em qualquer outro zoológico, pudemos passear de camelo, dar de comer a elefantes, perseguir lhamas, e até pegar filhotes de leão no colo! Os leõezinhos são muito legais, o mais novo tinha 1 mês de idade, parecia um filhote de gato, não tinha força pra nada, quando o pegávamos no colo ele logo deitava sua cabeça em nossos braços para dormir, adorava um carinho e definitivamente se os turistas deixassem, ele dormiria em seus colos o dia inteiro.. Já o leãozinho com 3 meses era o oposto, muito agitado, sempre mostrando os dentes, tive que fazer força para deitá-lo de barriga pra cima e brincar de passar a mão em sua cabeça, com meus dedos entre seus dentes.. Na mesma hora o guia pediu para que eu não o estimulasse a brincar assim, senão ele poderia se tornar violento quando crescer.. Percebemos que os leõezinhos são criados com cachorros, o motivo é muito legal, os cachorros são muito amistosos os “ensinam” como ter contato com o público, os cachorros formam o caráter dos leões..
Na volta aproveitamos novamente a excelente estrada e rapidamente entramos em Buenos Aires. Passeamos pela cidade e estacionamos no Porto Madero, encontramos uma agência do Santander lá, consegui sacar pesos com meu cartão do Brasil.. Passeamos por lá e voltamos ao hotel.
A noite saímos para jantar no La Cabaña, recomendados pelo Camillo, o taxista mais bem humorado com quem já andei.. O restaurante é, de fato, diferenciado. O ambiente é muito bom, o melhor que visitamos nesta viagem.. Os belos lustres iluminam mesas com pratos de lindas apresentações. A carta de vinhos é excelente, tomamos um vinho excelente, que veio acompanhado de uma carta de premiações que já havia ganhado... Ao invés do famoso bife de chorizzo optamos pela entraña, corte bem menos espesso e excelente. Aquela carne ainda está na minha memória como poucas coisas ficam, de lembrar chego a salivar.. Saímos de lá ainda cedo, não queríamos encerrar a noite, então fomos tentar a sorte no Cassino.. O Cassino fica dentro de um barco, bem diferente.. Não era a nossa noite, perdemos bastante nas máquinas caça níquel, quando fomos tentar a sorte na roleta paguei um mico épico. Mesa cheia tomamos lugar, entreguei uma nota ao crupiê e de forma automática ele passou aquela caneta para testar autenticidade. E não é que a porcaria “riscou” como falsa!? Ele virou a nota, riscou de novo e chamou o encarregado, que estava a poucos metros, nisso a mesa toda olhando pra nós.. O encarregado pegou a nota, a apontou pra mim e disse “desculpe, não podemos aceitar este dinheiro aqui”, eu e a Debora provavelmente mudamos de cor na hora.. Nem hesitei, entreguei outra nota e recuperamos a auto-estima pra jogar.. Já tinha ouvido falar que é muito comum entregarem dinheiro falso à turistas, sempre que recebia dinheiro olhava com atenção, a imitação era muito bem feita, me lembrei da nota falsa que minha irmã e minha mãe receberam quando foram pra lá, parecia ter sido impressa numa impressora normal, nada a ver com a qualidade de falsificação que tínhamos em mãos..
Voltando ao jogo, não estávamos com sorte, novamente perdemos tudo.. Saímos de lá desanimados, mas sem vontade de voltar pro hotel, já era início de madrugada, optamos por procurar uma balada. Encontrei um taxista que disse saber de uma boa, aberta e lotada. Cruzamos a cidade com ele até a porta da balada.
Quando entramos foi meio decepcionante a casa era meio pequena.. Mas estava bem movimentada e a música estava de agrado. Variavam entre música latina, eletrônica e até sertanejo universitário.. Conforme a madrugada aumentava o número de pessoas e sua agitação crescia, lá pelas tantas não tinha mais ninguém parado, incluindo eu e a Debora.
O jeito argentino de dançar é muito engraçado, os homens rebolam tanto quanto as mulheres, e estes também dançam com os ombros, troço feio! Lá pelas tantas rolou um sucesso de sertanejo universitário, não sou fã, mas tirei a Debora pra dançar, no meio da dança percebemos que só eu e ela sabíamos dançar aquilo, enquanto nós dançávamos corretamente todo o resto da balada ficava naquela dança latina, parecendo uma minhoca epilética tentando ficar em pé!
Saímos de lá quase amanhecendo, pegamos um taxi e capotamos no hotel..


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