Logo na saída do hotel paramos num posto, juntamos todo o resto de pesos uruguaios que tínhamos e compramos tudo em gasolina, deu pra encher o tanque..
Rumamos ao porto para pegar o Buquebus, nosso barco seria o enorme Silvia Ana, um navio de 125 metros de comprimento, que carrega 1200 pessoas e 240 veículos. Com facilidade encontramos o local, estacionei a moto e fomos fazer o check in e trâmites aduaneiros, carimbamos os passaportes, fizemos compras no freeshop do porto e rapidamente a embarcação encostou para embarque.
A Debora seguiu na fila dos passageiros e fui pegar a moto para entrar no que chamam de Bodega, o porão do navio, onde os veículos viajam. Como as motos podem cortar fila foi muito traquilo, imagine a fila que se forma para embarcar 240 veículos.. Sem muita demora embarquei rodando no navio, estacionei a moto no local designado e um funcionário do Buquebus veio amarrá-la, tudo nos conformes. 
Subimos para a área de passageiros e relaxamos enquanto o navio cruzava as águas do Rio Del Prata, ou Mar Del Prata como chamam.. Foram longas 3 horas de viagem, mas que nos economizaram uns 800km de estrada. Com freeshop e restaurantes a bordo, passou rápido, compramos alguns presentes e relaxamos nas poltronas enquanto líamos no guia de Buenos Aires sobre o que fazer.Desembarcamos pelas 15horas e fomos para o hotel, que fica a não mais de 10 minutos do local. Pudemos desfazer as malas com paciência, afinal ficaríamos ali por vários dias. Fomos passear na Galeria Pacífico, o maior e mais conhecido shopping de Buenos Aires. Ficamos lá por bastante tempo.
Voltamos ao hotel, queríamos reservar um local de Tango para passar a noite de natal, tentamos de tudo, mas todos os locais estavam lotados. Saímos para jantar no Porto Madeiro, no Siga La Vaca, restaurante bem conhecido por todos que conversei sobre a cidade. Para ir, arrumei um taxi na rua mesmo e fui conversando com o condutor, Camillo, rapidamente fizemos amizade, quando falamos que viemos do Brasil de moto ele nos parabenizou muito pela viagem. Aos poucos nos contou que nasceu na Itália, dos cinco aos dez anos morou no Brasil, no estado de SP e que por causa disso tem muita consideração por nós brasileiros. Quando disse meu sobrenome italiano ele ficou muito contente, essa é a tal da globalização... Eis que comentei que estava com dificuldades para arrumar um local de Tango para o natal. Ele estacionou o taxi, botou a mão sobre o taxímetro e perguntou “posso levar-lhes a um local onde garantidamente conseguirei vaga pra vocês? Eu insisto, e desligarei o taxímetro, o local é longe..” Aceitei com a condição de ele deixar o taxímetro rodando, ele me respondeu com um “Siamo tutti italiani!”desligou, rapidamente manobrou o taxi e fomos pro restaurante com show de Tango, La Ventana, nos deixou na porta e disse que se não tivesse vaga para chamá-lo, pois conhece o gerente. Felizmente no balcão conseguimos uma vaga pra nós! Retornamos ao taxi, claro que quando chegamos ao Siga La Vaca dobrei o valor da corrida.. Antes de descermos do taxi ele nos desejou tudo de bom, e que fôssemos outro dia no La Cabaña, um restaurante que segundo ele serve a melhor carne de Buenos Aires, dica anotada.. O Siga La Vaca é um restaurante do tipo tudo incluso, você paga um valor fixo, tem todas as bebidas liberadas, incluindo o vinho que eles oferecem, e tem acesso a um Buffet de saladas e acompanhamentos, a carne se pede diretamente ao churrasqueiro, que lhe serve no prato. O vinho era OK, tinha a opção da carta de vinho em separado, mas aquele estava a contento para a noite, tanto é que tomamos duas garrafas, rsrss.. Em relação à refeição, os acompanhamentos são honestos e as carnes muito bem feitas, pedimos um bife de chorizzo que foi o auge da noite, uma delícia, depois ainda topamos a sobremesa, saímos de lá já na madrugada, redondos em direção ao hotel.
Ainda antes de dormir, pedi sobre city tour, tinha um saindo as 9am, pedi para reservar, mas ele não conseguiu confirmar, disse que somente na manhã conseguiria nos dar a resposta, boa noite.
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